O cenário nacional é de crise econômica e inflação alta.
A proliferação das escolas de moda no Brasil foi o fato mais importante para a moda. A primeira delas foi inaugurada em 85. Atualmente o Brasil é o país com maior número de escolas de moda no mundo. Tal proliferação contribui não apenas para a profissionalização do setor como também para a consolidação da identidade brasileira expressa na moda.
Outro ponto importante dos anos 80, foi o do ápice da influência dasnovelas da Rede Globo no vestuário de massa:
“ (…) é o grande desfile de modas do povo brasileiro (…) pois apenas um pequeno grupo de estilistas e produtores de moda tem acesso, no país, a revistas e desfiles estrangeiros.(…) o figurinista de novela está ajudando a reforçar as tendências de moda desencadeadas no espaço das butiques e confecções da zona sul carioca, e que resultam na adaptação da moda estrangeira, entremeada com criações próprias. “ (Durand, 1988 p. 100 ).
Para Joffily outro marco foi a popularização das lojas de departamentos: o rápido e súbito declínio do “milagre” privou as confecções do seu público mais amplo. Nesse momento surgem as lojas de departamento, com uma produção de peças em escala mega industrial, oferecendo ao público opções mais baratas e sem abandonar a noção de estilo que conquistara a classe média no período anterior.
Os anos 80, trouxeram à moda nacional o ressurgimento da indústria têxtil em grandes promoções e desfiles , bem como a formação de vários grupos regionais de moda, como paulista, o carioca, o mineiro e o cearense. As grifes nacionais estavam em voga e o jeans continuou sendo o filão da moda, principalmente em marcas como Ellus, Zoomp e Fórum. De Fortaleza, apesar de paraense, apareceu o nome de Lino Villaventura, que, por meio de sua fidelidade ao seu universo subjetivo, tornou-se referência nacional. Ainda nos anos 80, jovens estilistas paulistas criaram a cooperativa da moda, transformando-se num verdadeiro laboratório do exercício do estilo, destacando nomes como Conrado Segretto, Jum Nakao e Walter Rodrigues. (Braga, 2003).
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